Entorpecida

Passos ocos eram ouvidos na rua silenciosa completamente envolta em neblina, a lua cheia brilhava e guiava a garota que a horas andava sem rumo por entre as ruas, ela seguia a lua. Sua cabeça doía e ela andava aos tropeços provocando pequenos barulhos, virava a cabeça com brusquidão para os lados, parecia perdida, enlouquecida... Entorpecida. No meio da neblina uma assombração... Assombração? Não, a menina ouviu vozes lhe sussurrarem e ela respondia Monstro? Talvez, lhe sussurrou a voz uma resposta e ela chegou mais perto, não era um monstro. Não para ela. Os olhos eram ônix e parecia brilhar sua pele pálida, ela tocou a bochecha dele com a mão e ele sorriu de lado, passou a mão nos cabelos dela, segurou o queixo da menina e estava a poucos centímetros, ela fechou os olhos. O barulho do despertador a fez sentar-se na cama tonta no quarto escuro, ela pegou o despertador. Estava atrasada.